9.29.2008

:: natalidade

aqui no escritório não somos muitos, é certo, mas ainda assim, não é motivo suficientemente forte para só haver uma mãe. Muitas conclusões se poderiam seguir a esta constatação, mas não quero ir por aí... Ora, esta mãe de que vos falo, é uma mãe diferente das outras porque é a mais frontal que conheço a propósito dos seus filhos. Amiúde damos com ela descabelada a correr pela rua às 9.30, atrasada, porque as crianças, com idades muito próximas e níveis de hiperactividade acima do que seria considerado normal, entornaram o leite no chão (ou em cima dela), partiram a cabeça em tropelias variadas, fecharam-se na casa de banho, fizeram birra para ir para o infantário. Ela assume sem medos que se sente mais cansada aos fins-de-semana do que durante a semana de trabalho, que foge de casa de manhã para conseguir sair antes que os rebentos acordem, que as vacinas estão atrasadas, que há amigos que evitam estar com eles tal a confusão que reina naquela casa e até que gosta mais de um que de outro. Isto é frontalidade, como vêem, não exagero meu! Não é politicamente correcto assumir que se está contentíssima com uma viagem de trabalho porque finalmente vai ter tempo para si, para coisas tão banais como ver tv à noite sem gritos, sem saltos no sofá, sem lutas constantes pela sua atenção. E eu acredito!

Como é que o governo chinês ainda não descobriu esta arma poderosíssima de controlo da natalidade? Esta mãe é o melhor anticontraceptivo que conheço... 

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