10.28.2008

:: manhãs, ou de como o trânsito nos pode estragar o dia

o sítio onde vivo foi invadido por gruas, escavadoras e pó cinzento. Primeiro pensei que era um mal necessário até que um dia acordei e tinham nascido semáforos em todas as ruas, tinham invertido os sentidos antigamente instituídos, plantado sentidos proíbidos onde não os havia e abolido qualquer possibilidade de estacionamento à superfície. Ainda assim contrariei a fúria inicial e convenci-me que todos estes contratempos seriam em prol de um bem comum e benemérito: para acabar com os carros, educar as pessoas a usar os transportes públicos e tornar a cidade mais respirável. Mas não durou muito porque cedo percebi que é difícil ser altruísta quando os sinais vermelhos (ou encarnados se preferirem) resolvem declarar guerra à nossa pessoa e cair SEMPRE antes de passarmos por eles. Malditos!

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