5.27.2009

:: Fast Delivery! a sugerir que tempos houve em que o ritmo era outro



Já íamos avisados pelo Lonely Planet - informação que foi posteriormente confirmada com os locais - que o correio internacional poderia levar até dois meses a chegar ao destino, mas  insistimos. Estávamos claramente toldados pela ideia romântica de enviar postais a preto e branco do Che. Ali não haveria essa demora toda - dissera-nos a lojista - era o único posto de correio da cidade onde as cartas eram levantadas todos os dias. Os postais lá seguiram, mas não há sinal de que tenham chegado cá. Tenho para mim que os destinatários ainda vão ter de esperar muito e também confesso que nunca sei muito bem que palavras pôr nos postais de férias e, por isso e por preguiça estival, deixei-me ficar quieta a repousar do calor enquanto os outros escolhiam Ches e escrevinhavam, espalhados pelas sombras da Plaza.

Isto para dizer que em Cuba nada é rápido, portanto já não faz sentido a existência destas carrinhas de transporte expresso. A corroborar esta conclusão este veículo é o único quase centenário que não anda como se fosse novo nas ruas de La Habana. Está exposto no museu da revolução e lembra-me que Cuba teria sido outra se a História não tivesse acontecido.

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