10.20.2010

:: escrevemos todos a solidão, mas ninguém a viveu assim

ponho-me a pensar na história de Christopher que nunca poderia ser uma história minha. sustento-me nas certezas dos outros, também por isso preciso da minha gente.
Christopher, chamemos-lhe Chris, tinha poucas dúvidas mas não soube deixar a intuição e confiar na capacidade de amar para além de si próprio. acreditava que não precisava de mais ninguém e não era pior pessoa por isso. tinha até a alegria intrínseca dos optimistas que sobressai nas coisas pequenas. por exemplo, concentrava nos olhos toda a humidade do mundo. "You are wrong if you think that the joy of life comes principally from the joy of human relationships. God's place is all around us, it is in everything and in anything we can experience. People just need to change the way they look at things".*
Christopher teve certezas sobre a solidão até o silêncio começar a falar-lhe demasiado alto. "What if I were smiling and running into your arms? Would you see then what I see now?". não quero para mim este silêncio ruidoso, pelo menos essa certeza eu tenho. Christopher talvez tenha contrariado as suas certezas demasiado tarde... as dúvidas dos outros são-nos sempre mais fáceis que as nossas. "I read somewhere... how important it is in life not necessarily to be strong... but to feel strong".*

* Into the wild

Sem comentários: