10.07.2013

depois de demasiados meses sem blogues no meu dia-a-dia leio este post e, por muito que reconheça a beleza do poema e a verdade das palavras, não é nenhuma dessas duas coisas que me toca. é apenas perceber que o primeiro pensamento que me ocorre é que não seria capaz de ter, como tu tiveste, um poema como este no meu local de trabalho. não conseguiria olhar para ele todos os dias sem me sentir despida, exposta, vulnerável. sem sentir necessidade de pensar em respostas-tipo quando me viessem comentar o mesmo.
e então percebo que a maior vulnerabilidade é a minha, que a maior fraqueza é a não-coragem de nos assumirmos e esta facilidade que me escorre do corpo em mediocrizar-me tornando-me baça em prol da homogeneidade, da conciliação, da correspondência.

1 comentário:

Unknown disse...

Sofremos do mesmo mal, querida. O meu escritório era bastante privado, por isso os comentários eram escassos. E estás a falar de uma pessoa que tem um blogue anónimo, onde posta sobretudo música e citações de outros porque vive no pavor da vulnerabilidade da exposição. Somos todos feito do mesmo, momentU.