2.23.2010

::essa maré não é tua

que sabes tu sobre eternidade?
corre, furiosa, por entre as pessoas, até te faltarem pernas, corre até venceres o teu corpo... vais acabar por perceber, numa curva qualquer, que o cheiro dele não te largou. vais querer roçar as costas na parede com fúria, e pedir para deixar de sentir a marca da mão grande no teu pescoço. desiste disso. limpa o sangue do ombro e inspira essa doçura masculina. ofereço-te a tranquilidade da promessa de que um dia conhecerás uma outra marca, mas é melhor que saibas desde já que não serás tu a decidir quando.

4 comentários:

fd disse...

Doçura... agridoce.

P. disse...

Não é a companhia que manteve na cama mas o sentimento de perda que lhe desgasta o coração... E quando o cheiro dele resolve impor-se mais até que o seu próprio cheiro, ela, inevitavelmente, mergulha na liturgia dos sentimentos.

jonah disse...

não pode!

T disse...

Estamos a falar de quê?!